Quando nos encaminhamos para uma entrevista de emprego, ou até mesmo quando estamos prestes a fazer um processo seletivo, como o vestibular, logo alguém próximo a nós nos pergunta:
– O que você vai fazer no vestibular?
– Que curso você vai fazer?
– Que que você vai fazer da vida se não entrar na universidade agora?
Essas perguntas atormentam a vida de qualquer candidato a uma vaga de emprego, a uma vaga em um processo seletivo como o vestibular, entre outras.
Mas, realmente, você já parou para pensar em quantos caminhos a vida oferece?
Ontem, no horário de almoço, essa pergunta estava entre as feitas aos candidatos a uma vaga para comunicação social na empresa X aqui em Brasília. Para muitos, a resposta é óbvia, mas, na verdade, ela não é tão óbvia assim:
Em 2004, lá nos meus tempos de 7a série, decidi fazer os cursos os quais estou atualmente formados: jornalismo e letras. Não foi uma escolha precipitada, como muitos estudantes na minha idade à época (14 anos), que não tinham a maturidade o suficiente para a escolha.
Iam lá e chutavam, de engenharia a advocacia; de veterinária a medicina. E os argumentos, hoje, onze anos depois da minha escolha, ainda são os mesmos da minha época: “Ah, porque meu pai é médico e diz que é legal”, “Ah, por que meus pais são advogados e dizem que ganham muito dinheiro essa profissão”.
A minha escolha baseou-se no que eu tinha e melhor (e tenho de melhor) já naquela época: leitura, oratória, papel de liderança e bom poder de argumentação/persuasão. Dinheiro estava dentro dos planos também, mas em segundo, já que um bom curso depende da forma como a pessoa vai conduzi-lo em seu percurso profissional/acadêmico.
Ontem, essas respostas da 7a série novamente vieram a tona, as vésperas do processo seletivo da Universidade de Brasília (UnB) para o segundo semestre de 2015. Uma das perguntas do nosso entrevistador foi a seguinte:
– O que vocês querem da vida?
É uma resposta difícil para alguns, a vida tem uma infinidade de caminhos a seguir. Onze anos depois das minhas escolhas profissionais, lá no auge dos meus 14 anos na 7a série, ainda ouço aquelas velhas respostas de que o financeiro é o critério número 1 para a pessoa seguir aquela carreira, não importando as demais características. O tempo caminhava devagar na entrevista, ao passo que ouvia as respostas dos candidatos pararem no tempo.
As argumentações citadas acima são só alguns exemplos, mas quero dizer que, nada melhor do que VOCÊ PARA DECIDIR SEU FUTURO! Não é seu colega, seu amigo, seu namorado(a), ficante, entre outros que vão decidir o que você fará do seu futuro, mas VOCÊ!, VOCÊ É A CHAVE PARA O SEU SUCESSO PROFISSIONAL.
Retomando aos tempos da escola, vi que, até mesmo quando crescemos, não encontramos as respostas para tudo na vida, que a vida é cheia de caminhos e planos, às vezes estamos aqui, com uma ideia, mas outra pode ser melhor e substituir aquela que temos no momento.
Na próxima vez que alguém te perguntar “o que você vai fazer da vida?”, leve em considerações estes fatores. Nunca diga “Ah, porque a profissão X dá dinheiro, enquanto a Y não te dá retorno nenhum”, pois assim, você estará se auto sabotando.
No próximo artigo veremos alguns desses exemplos de “escolhas da vida”.
Texto: Ivan Carlos