
Foto: StockFoto/Fotolia
Baixa ou alta, a quantidade de vapor de água no ar afeta diretamente nossa saúde
O corpo humano está sempre respondendo a fatores externos e lidando com adversidades. Basta ver como ele regula nossa temperatura através da transpiração, que está ligada às condições do clima e a umidade relativa do ar.
Apesar disso, podemos perceber que as bruscas alterações climáticas geram aumento de doenças, sobretudo as respiratórias, e isso acontece em parte por causa da poluição presente na atmosfera, além de bactérias e vírus.
No caso de esportistas, a frequente exposição à alta e baixa umidade, como também as mudanças de temperatura, interfere na qualidade do treinamento e pode ser prejudicial à saúde. Saiba como adaptar e otimizar as atividades físicas de acordo com a UR.
Umidade baixa
O tempo seco – característica do inverno brasileiro – faz com que as partículas de poluição que estão na atmosfera fiquem em suspensão. Se estiver calor, o quadro se agrava, porque elas ficam mais evidentes, sendo necessária a chuva para eliminação e consequente “purificação” do ar.
Em longos períodos sem chuvas, pessoas com histórico de doenças respiratórias ficam mais vulneráveis a recaídas. “O pulmão começa a reagir com broncoespasmo e isso resulta em respiração ofegante. Com menor fôlego, menor o desempenho no esporte”, relata a fisioterapeuta Ana Carr, especializada em Fisioterapia Respiratória e docente da UnG.
Mas não é só quem sofre de asma e bronquite que precisa se preocupar, ainda de acordo com Ana, ao respirar o ar seco, levamos para o pulmão as partículas de poluição, onde estão presentes poeira e diferentes tipos de vírus.
Cuidados necessários
- Optar por correr nos horários da manhã (até às 09h00) ou no fim da tarde, quando a umidade aumenta;
- Aumentar o consumo de água, preferencialmente fresca;
- Lavar as narinas com soro fisiológico antes da atividade física;
- Depois do treino, sempre ficar atento a limpeza e troca de água do aparelho umidificador, caso tenha;
- Na falta de umificador, o velho truque de deixar uma toalha molhada embaixo da cama ou um balde de água no quarto é recomendado pela fisioterapeuta e funciona.
Umidade alta
Se a falta de chuva é prejudicial à qualidade do ar, o excesso dela também não é o ideal. Quando a umidade está alta, o corpo sente maior dificuldade na transpiração e no resfriamento da temperatura.
Com a sensação térmica maior, a impressão é de que está mais calor e, com a perda de calor prejudicada, ocorre interferência no desempenho dos exercícios, além de comprometimento da saúde. Os ácaros e fungos também se proliferam rapidamente com a alta umidade, o que pode causar rinite alérgica e asma.
O excesso de esporte nessas condições podem causar cãibras, esgotamento e até acidente vascular cerebral, como ocorreu na Meia Maratona de Tel Aviv em 2013.
Cuidados necessários
- Evitar corridas extensas em ambientes acima de 28º, de acordo com a Associação Internacional de Federações de Atletismo;
- Preferir roupas leves a claras;
- Assim como no caso de baixa umidade, aumentar o consumo de água também é importante;
- Fora dos treinos, manter a casa limpa, arejada e expor os colchões ao sol evita doenças por dificultar a proliferação de bactérias e vírus.
Saiba se a umidade está favorável
- Umidade Ideal: entre 70% e 40%;
- Estado de atenção: entre 30% e 21% (evite se expor ao sol das 11h às 15h);
- Estado de alerta: entre 20% e 13% (evite se expor ao sol das 10h às 16h);
- Estado de emergência: abaixo de 12% (evite a prática de exercícios).
Fonte: Webrun