Concerto em Homenagem a Antonín Dvořák

Concerto em Homenagem a Antonín Dvořák - Foto: Internet
Concerto em Homenagem a Antonín Dvořák – Foto: Internet

Em “Homenagem ao compositor tcheco Antonín Dvořák”, a Embaixada da República Tcheca e a Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal convidam para apresentação do concerto de Jan Žalud, violoncelista da República Tcheca, e a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro sob a regência do Maestro Cláudio Cohen que será realizado terça-feira, 10 de março de 2015, às 20:00 horas, no Santuário Dom Bosco.

Programação

Ant. Dvořák:

Dança eslava Op.46 no.4

Ant. Dvořák:

Concerto em si menor para violoncelo e orquestra, Op. 104
Allegro
Adagio ma non troppo
Finale – Allegro

Ant. Dvořák:

Sinfonia no. 7 em Ré Menor, Op. 70
Allegro maestoso
Poco adagio
Scherzo: Vivace – Poco meno mosso
Finale: Allegro

Serviço:

Homenagem a Antonín Dvořák

Local: Santuário Dom Bosco (Quadra 702, Asa Sul)
Data: 10/03/2015
Horário: 20 h
Entrada gratuita. Classificação livre.

Antonín Leopold Dvořák - Foto: Internet
Antonín Leopold Dvořák – Foto: Internet

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Antonín Leopold Dvořák, nasceu em 8 de Setembro de 1841 em Nelahozeves e faleceu em 1 de Maio de 1904 em Praga.

Foi caracterizado como “o mais versátil compositor do seu tempo“ de forma semelhante a um outro compositor tcheco Bedřich Smetana, aplicou as características da música popular da Moravia e da sua terra-natal, a Boemia.

Em 1892, mudou-se para os Estados Unidos para ser o diretor do Conservatório Nacional de Música em New York, no entanto, as saudades da sua terra-natal, fizeram-no regressar à Boemia (hoje a República Tcheca).

Entre as composições mais conhecidas destacam-se a Sinfonia do Novo Mundo que compôs durante a sua estadia em EUA, o Quarteto de Cordas Americano e a ópera Rusalka.

Danças Eslavas, Op. 46

Ao longo da sua carreira Dvořák compôs duas coletâneas de danças, com oito danças cada (a primeira, opus 46, de 1878; e a segunda, opus 72, de 1886), escritas para piano e orquestradas posteriormente.

A primeira coletânea, que se situa na fronteira do período conhecido como eslavo do compositor, trabalha apenas danças tchecas (furiant, skocna, susedska), presentes em outras obras de Dvořák.

Já a segunda coletânea merece bem o título da obra, pois trabalha danças de outros países eslavos, como a Polônia e a Sérvia, e não apenas da Tchecoslováquia. Dvorák trabalhou suas danças de forma diversa ao modo como Brahms compôs as Danças Húngaras.

Enquanto Brahms utilizou verdadeiras melodias populares húngaras, Dvorák não usou temas autênticos, mas imitações extremamente fiéis, inspiradas no folclore morávio.

Concerto em Homenagem a Antonín Dvořák - Foto: Internet
Concerto em Homenagem a Antonín Dvořák – Foto: Internet

Concerto para Violoncelo e Orquestra em Si Menor

Dvořák foi inspirado por temas e idiomas folclóricos que ele havia assimilado desde pequeno. Essas características constituíam a linguagem musical dele.

Ele alimentava a ideia de um concerto para violoncelo havia trinta anos quando finalmente compôs a obra que conhecemos hoje, o Concerto para Violoncelo e Orquestra em Si menor, Op. 104, obra em 3 movimentos: Allegro, Adagio ma non troppo, Finale (Allegro moderato), composto no inverno de 1894, quando o compositor estava nos Estados Unidos.

Este concerto está fortemente associado a um dos amores da vida do compositor, sua cunhada Josephina, que durante a criação da obra acabou falecendo. Após o seu retorno à Europa, Dvořák foi confrontado com a morte de Josefina e por isso em novembro de 1895 escreveu um novo final para o Concerto, trazendo de volta ecos dos movimentos precedentes e, com eles, a memória da própria Josefina: na obra de um compositor que conservava bem escondidas suas emoções, deve-se reconhecer o fato inusual de que um aspecto da sua psique tenha vindo à superfície com tamanha evidência.

A linguagem cifrada dos sentimentos pessoais, o reaparecimento de ideias onde elas menos são esperadas, as emoções mais íntimas que se transformam em música.

Os três movimentos do Concerto de Dvořák reproduzem o corte clássico do concerto de solista: dois movimentos enérgicos (“I – Allegro”; “III – Finale – Allegro Moderato”) emoldurando o movimento central mais lento (“II – Adagio ma non Troppo”) que é o ponto focal de todo o concerto se não for de toda a obra de Dvořák.

Antes do Concerto de Dvořák, seria impensável exigir do violoncelo solista a superação de demandas técnicas tão irreais na sua falta de limites. Mais tarde foi Schoenberg quem ultrapassou as dificuldades que Dvořák coloca no caminho do violoncelista, décadas mais tarde e no seu próprio Concerto para Violoncelo, cheio de exigências técnicas igualmente exageradas.

A conclusão do Concerto para Violoncelo de Dvořák é uma rede de memórias de movimentos passados e de afetos bem vivos.

Assim, o Concerto assume um caráter cíclico, que faz com quem um outro ciclo se feche. O concerto em Si Menor para Violoncelo e Orquestra foi estreado em Londres, em março de 1896, pelo violoncelista Leo Stern sob a direção do próprio compositor.

Sinfonia no.7

Dvořák começou a trabalhar na Sinfonia no. 7 em dezembro de 1884, inspirado pela Terceira Sinfonia de seu amigo Brahms e convidado pela Sociedade Filarmônica de Londres que elegeu Dvořák como o seu membro honorário. Naquele tempo, os tchecos estavam envolvidos em muitas lutas políticas vinculadas à afirmação do seu estado nacional.

Dvořák resolveu que a sua nova sinfonia deveria refletir esta luta e conciliar os sentimentos simples e campestres do compositor com o intenso patriotismo vinculado ao desejo de ver a nação tcheca florescer.

Em 15 dias, ele concluiu os rascunhos do primeiro movimento e do segundo movimentos, que foram dedicados ao momento triste que estava vivendo, ainda em luto pelo recente falecimento de sua mãe. O primeiro movimento começa descrevendo uma intensa calma e paz que, no entanto, inclui também a agitação forte de um tempo de tempestades. A paz tensa retorna no segundo movimento.

Um mês depois, o terceiro e o quarto movimentos foram concluídos. Dvořák disse que o quarto movimento sugere a capacidade do povo tcheco de resistir à opressão política. A primeira apresentação da obra foi no dia 22 de abril de 1885 em Londres, sob a regência do próprio compositor foi um sucesso absoluto.

A Sétima, juntamente com a Oitava e a Nona Sinfonia, representam o melhor de Dvořák. Cada uma revela diferentes aspectos de sua personalidade. A Sétima é a mais ambiciosa em estrutura e a mais conscientemente internacional em sua mensagem.

Fonte: Embaixada da República Tcheca

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