Exposição de fotos, vestimentas e artesanato tem a participação de 16 países da Liga Árabe.
Representantes do Conselho de Embaixadores Árabes, da Câmara de Comércio Árabe Brasileira em parceria com a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) realizam a mostra ‘O mundo árabe: civilização e diversidade’.
A exposição, aberta na última sexta-feira (08/04), faz parte das comemorações do Dia da Comunidade Árabe no Brasil, ocorrida em 25 de março passado, e poderá ser visitada até o dia 6 de maio. A entrada é gratuita.
A cerimônia contou com a presença do Decano dos Embaixadores Árabes, Ibrahim Alzeben, do presidente da Câmara do Comércio Árabe Brasileira, Marcelo Nabih Sallum, da diretora do Departamento do Oriente Médio, Lúcia Maria Scherer, do embaixador da Liga Árabe no Brasil, Nacer Alem, do curador de Cultura da Câmara Legislativa, Márcio Mendes, da presidente da CLDF, Celina Leão, e do deputado Chico Leite.
Mostra de cultura e diversidade
Uma das principais atrações é a coletânea do premiado fotógrafo Argeliano, Sofiane Bakouri, que registra as belezas da Argélia com emoção e espontaneidade.
Além disso, há fotos, banners, objetos de arte, trajes típicos, tapetes, tapeçaria, vídeos, vestidos de festa, jóias, gravuras, pinturas, mosaicos, vasos e objetos de porcelana.
As peças vêm de 16 países árabes: Kuwait, Argélia, Egito, Palestina, Iraque, Sudão, Marrocos, Mauritânia, Omã, Arábia Saudita, Catar, Líbano, Tunísia, Jordânia, Líbia e Emirados Árabes Unidos.
Para o Decano das embaixadas árabes, Ibrahim Alzeben, essa iniciativa serve para estreitar os laços entre o Brasil e os países Árabes.
“Nosso objetivo é Promover a cultura árabe, a diversidade cultural milenar. É auto reconhecermos mutuamente para saber qual a nossa contribuição no Patrimônio Mundial da Humanidade no passado, no presente e para o futuro. Se algum pais árabe foi importante no passado, Brasil é importante no presente e será no futuro”, enfatiza Alzeben.
De acordo com o decano, cerca de 13 milhões de árabes e descendentes vivem no Brasil.
“Para os árabes o Brasil era o país do futuro, e muitos vieram morar e trabalhar no aqui desde o final do século 17, em busca de uma vida melhor. Mas a maior parte veio no século 19, como os libaneses, os sírios, os palestinos, os marroquinos e iraquianos”, afirmou o embaixador Ibrahim Alzeben.
A embaixadora brasileira e diretora do Departamento do Oriente Médio no Itamaraty, Lúcia Maria Scherer, falou sobre os avanços nas relações entre o Brasil e os países árabes, em especial no comércio, que duplicou em pouco mais de uma década.
“Essa aproximação trouxe grande benefício para todos os envolvidos, que também passam por um momento financeiramente difícil, assim como o Brasil. Mas a expectativa é que todos vão superar essas dificuldades”, revela a Scherer.
Ainda segundo a embaixadora Scherer, o Brasil tem em andamento acordos com os países árabes em diversas áreas – política, econômica, no âmbito da cultura, de cooperação, de defesa e memorandos em áreas mais específicas como saúde, educação, justiça, esporte, tributária e aéreas – que já rendem bons resultados.
“Esse contínuo da aproximação é importante. O Brasil é muito bem quisto. Nós temos uma tradição de amizade, de transparência e de dar exemplos na área de cooperação, que é tratar de igual para igual. Atuamos com uma postura aberta e franca”, revela a embaixadora.
Para o presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Marcelo Nabih Sallum, o comércio tem como desafio a distância. Porém o volume gera a viabilidade da logística desses produtos comercializados.
“Precisamos identificar oportunidades de trazer produtos do mundo árabe para o Brasil. Promover os vinte dois países no Brasil e promover o Brasil nesses países onde ele já é um grande consumidor, principalmente de hidrocarboneto, petróleo, fosfato, fertilizante entre outros produtos”, afirma Sallum.
O Conselho de Embaixadores pretende montar a exposição nas cidades que forem visitar durante as viagens diplomáticas de seus membros.
“Queremos mostrar essa exposição ao público brasiliense primeiro e, depois, ao público brasileiro em geral, pois queremos levá-la para outras capitais e cidades do Brasil”, contou o diplomata palestino.