Enquanto o Brasil luta para ter uma educação digna, o governo anuncia cortes na literatura

Educação. Literatura é um dos meios que as pessoas acham para se distraírem e usarem a criatividade para os problemas do cotidiano.
Literatura é um dos meios que as pessoas acham para se distraírem e usarem a criatividade para os problemas do cotidiano.

Um dos principais meios de aprendizagem das crianças em idade de alfabetização, Governo de São Paulo e Governo Federal radicalizam e anunciam cortes na compra de livros literários para educação básica na rede pública de São Paulo e do país.

Todos nós sabemos que a leitura é um dos principais meios de acesso e democratização entre as crianças e adolescentes em idade escolar. Mas o que encontramos em alguns governos, é um descaso total em relação a leitura. E os cortes da economia, afim de atingir os patamares de antes da crise, já chegaram a educação básica.

Principal salão do livro para crianças no estado de São Paulo, o Salão FNLIJ sofre com a falta de verbas para a cultura.

Esse ano, o que era para ser só festa pela realização de mais uma edição, o que vemos são editores lamentando as notícias dos Governos Federal e Estadual no corte de verbas para compra e aquisição de livros que deveriam ser entregues a crianças e adolescentes das escolas da rede pública do estado.

PT e PSDB, ambos aliados nas eleições passadas, caminham para o desprezo a leitura, o que contraria o dito em suas campanhas (aliás, que não podemos dizer que foram boas campanhas, já que o que vimos foram muitas trocas de acusações entre um partido e outro).

O fato, é que a coluna veiculada no Estado de São Paulo no último dia 16 de junho, mostra que a promessa de que os livros seriam doados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) vão mesmo ficar para o ano que vem, e nesse ponto, nos questionamos: Que pátria educadora é essa que, ao invés de garantir o acesso aos livros didáticos, faz com que haja cortes na educação, impedindo milhares de crianças e adolescentes que vão a escola, muitas vezes somente para lerem e terem um acesso a educação eficiente, agora são impedidos de ter acesso a esse meio, fundamental para a criança e o adolescente despertarem o interesse por novas ideias e, consequentemente, novos meios de leitura.

São Paulo, por ser o maior estado de aplicação de verbas para a educação, é quem deveria dar maior prioridade também para programas educacionais. Também pelo fato de possuir o maior Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

Mas vemos que, se de um lado, o estado permanece estático, vemos milhões de pessoas com o sonho de ter um estudo melhor sendo atingido por estes cortes. E a pergunta: até quando?

Se o Brasil quiser melhorar em suas ações, deve começar desde agora, mas pelo que vemos, o primeiro passo não foi dado, pois, ao cortar as verbas que destinaríamos a educação, estamos dando o primeiro passo rumo ao futuro negro.

A literatura não pode ser um caso de brincadeira por parte dos governos. É por intermédio dela que desenvolveremos jovens e adultos críticos, promissores, capazes de questionar os problemas de nossa sociedade.

E tirando o poder da leitura dessas pessoas, estamos não incentivando apenas a não-leitura, mas também o aumento dos índices de violência nas cidades, a criminalidade em si, além claro, de levar os jovens para outros caminhos.

Texto: Ivan Carlos
Blog: https://mundoacademicoonline.wordpress.com

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