Sailson José das Graças, Serial Killer do RJ

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Homem com perfil de Serial Killer confessou 43 assassinatos

“Vou sair para a caçada”, dizia Sailson José das Graças, de 26 anos, para a companheira Cleuza Balbina de Paula, de 42 anos, que também foi presa na ultima quarta-feira (10), junto com o ex-marido dela José Messias. Os três moravam juntos na mesma casa no bairro Corumbá, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, desde o início deste ano. Segundo a investigação, Cleusa sustentava Sailson e pagava pelos crimes encomendados dando dinheiro, roupas e comida.

Sailson foi preso em flagrante após matar Fátima Miranda a facadas e confessou à polícia ser um assassino em série. Durante o depoimento, ele disse já ter matado outras 42 pessoas nos últimos nove anos, sendo 38 mulheres, três homens e uma criança.

Negro, jovem, muito frio e tranquilo, Sailson contou que só matava mulheres brancas, louras ou morenas. “Negra, da raça, não, porque é da família”, disse.

Sailson se encaixa no perfil de serial killer, pois ele escolhia as vítimas e assassinava elas para sentir algum alívio.

Ele contou ao delegado Marcel Machado que estudou até o quinto ano do primeiro grau e que gostava de ler livros na biblioteca da prisão e de ver filmes policiais, de onde teria aprendido algumas técnicas para não deixar vestígios dos crimes, como usar touca, luvas ou cortar as unhas das vítimas quando havia luta corporal.

“Às vezes pensava que eu era meio maluco, mas outras vezes achava que era normal. Matava porque gostava. Não me arrependo e, quando sair [da cadeia], provavelmente vou matar de novo”, disse, friamente, na delegacia.

Serial killer do RJ - Guia BSB.netOutras prisões

Sailson já tinha sido preso pelo menos quatro vezes por roubo, furto e porte de arma, e nunca fugiu. Ao delegado, contou que gostava da cadeia e até perguntou ao ser preso se iria para a penitenciária em Niterói, pois gostava muito de lá. Sailson contou ao delegado que nunca trabalhou, mas fazia alguns “biscates”, como pintar um muro ou plantar uma árvore.

Contou que o pai morreu eletrocutado em um acidente de trabalho quando ele tinha 11 anos. Segundo o delegado, Sailson tem ex-mulher, um filho e mãe vivos e é de família religiosa. Até o início da tarde desta quinta (11), nenhum parente apareceu na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Os três presos não tinham advogado até o fim da tarde.

Avaliação do psiquiátra

O psiquiatra Jairo Werner assistiu ao vídeo da entrevista de Sailson José das Graças e afirmou que ele parece ter plena compreensão do que estava fazendo.

“Ele tem entendimento. Ele um tipo de determinação, de obsessão e ele faz tudo para conseguir aquilo. Então ele se previne de alguma forma e, em tese, esta personalidade não tem uma deficiência mental”, afirmou o médico.

Para Jairo Werner, Sailson identificava os seus alvos e, com frieza, conseguia até tomar medidas para não ser descoberto pelas autoridades ao conseguir matar suas vítimas. Além disso, identificou traços obsessivos no discurso do homem, que foi preso em flagrante após matar Fátima Miranda a facadas em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. “Ele entende o que está acontecendo e, de certa forma, ele localiza o tipo de alvo e, a partir dali, ele se torna obsessivo até alcançar aquele objetivo”, falou Werner.

Crimes encomendados

Segundo a polícia, quatro crimes cometidos por Sailson José das Graças foram encomendados por Cleusa Balbina e José Messias. Paulo Vasconcelos, de 52 anos, morreu em dezembro de 2011, no bairro Amaral, em Nova Iguaçu, supostamente devido a uma dívida de R$ 40.

Francisco Carlos Chagas, de 49 anos, foi morto a facadas, no bairro Corumbá, também em Nova Iguaçu, em 23 de outubro de 2014. A morte teria sido encomendada pela Cleusa por causa do roubo de um celular.

Raimundo Basílio da Silva, 60 de anos, morreu em 30 deste ano, no bairro Santa Rita, no mesmo município, por causa de uma desavença com Cleusa. A última vítima, Fátima Miranda, teve a morte encomendada por José Messias, após uma discussão com Cleusa.

Fonte: G1.Globo.com

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