Copiloto acionou o mecanismo de descida do avião de forma intencional

Destroço do avião: áudio revela que, nos minutos finais, o copiloto não emitiu nenhuma palavra - Foto: Correioweb
Destroço do avião: áudio revela que, nos minutos finais, o copiloto não emitiu nenhuma palavra – Foto: Correioweb

Durante os dez minutos finais do voo, Andreas Lubitz não abriu a porta e não emitiu nenhuma palavra. Era possível ouvir apenas a respiração dele

O copiloto, sozinho na cabine, acionou deliberadamente o mecanismo de descida do Airbus A320 da Germanwings, segundo Rice Robin, promotor público de Marselha. A provável intenção do homem, identificado como Andreas Lubitz, era destruir o avião, afirmou Robin, que coordena a investigação da tragédia aérea que deixou 150 pessoas mortas. O funcionário da companhia alemã havia sido contratado em setembro de 2013 e tinha 630 horas de voo de experiência, informou a Lufthansa à AFP.

Segundo uma fonte próxima das investigações, no momento do acidente apenas um piloto estava na cabine e o outro estava bloqueado do lado de fora, informação não confirmada ainda pela Lufthansa, casa matriz da Germanwings. O piloto do Airbus A320 que transportava 150 pessoas, tinha 10 anos de experiência e mais de 6 mil horas de voo, segundo a Germanwings.

Destroço do avião: áudio revela que, nos minutos finais, o copiloto não emitiu nenhuma palavra - Foto: Internet
Destroço do avião: áudio revela que, nos minutos finais, o copiloto não emitiu nenhuma palavra – Foto: Internet

Segundo Robin, os sons da caixa-preta dão a entender que o copiloto estava aparentemente bem e não parecia ter sofrido algum problema de saúde. Durante os dez minutos finais do voo, ele não abriu a porta e não emitiu nenhuma palavra. Era possível ouvir apenas a respiração dele. Os passageiros só perceberam o que ocorria momentos antes do impacto final. “As vítimas morreram no ato”, afirmou o promotor, acrescentando que gritos foram ouvidos nos últimos instantes da tragédia.

A investigação também indica numerosos apelos de informação da torre de controle de Marselha e que não houve absolutamente nenhuma resposta. O promotor assegurou que as relações dos pilotos serão interrogadas pelas autoridades alemãs, revelando que o áudio deixa claro que inclusive o co-piloto beneficiou a ausência do capitão, antes de cometer o ato que resultou na tragédia. “Depois que o comandante saiu da cabine, o copiloto ficou no comando e acionou o mecanismo de descida”.

Brice Robin também esclareceu que não há indícios de ligações de Andreas Lubitz com grupos extremistas e que nada leva a pensar que o avião tenha sido alvo de um ato terrorista. A polícia alemã deverá fornecer informações adicionais sobre a formação dele e a vida privada ainda nesta semana. O promotor preferiu não usar o termo “suicídio”, já que outras 149 pessoas estavam no avião.

Em Colônia, na Alemanha, funcionários da Germanwings e da Lufthansa prestam homenagem às vítimas do acidente aéreo na França - MARIUS BECKER / AFP
Em Colônia, na Alemanha, funcionários da Germanwings e da Lufthansa prestam homenagem às vítimas do acidente aéreo na França – MARIUS BECKER / AFP

Resgate de corpos

A polícia francesa reiniciou nesta manhã as operações de recuperação dos corpos das vítimas do avião. Vários helicópteros transportam médicos legistas para a área do acidente, assim como investigadores.

Com informações da France Presse

Fonte: Correioweb

Comentários no Facebook