Gripe exige atenção maior nos períodos do Outono e do Inverno

Gripe. Que tem sintomas como coriza, tosse seca, febre e dores pelo corpo deve procurar logo um médico - Foto: Getty Images
Que tem sintomas como coriza, tosse seca, febre e dores pelo corpo deve procurar logo um médico – Foto: Getty Images

Crianças, idosos e gestantes são prioritários, mas recomendação é que toda a população seja vacinada contra a doença

Não é mera impressão. Todo ano, na mesma época, dá para perceber a multiplicação de pessoas na rua, no trabalho ou no transporte público com nariz vermelho e tossindo. É a gripe, que aparece por aqui com mais força nas baixas temperaturas do outono e do inverno. Mais severo que o do resfriado comum, o quadro da gripe pode até se agravar para uma pneumonia. Por isso, o ideal é procurar um médico logo no início.

“A gripe é um quadro sistêmico. Não atinge só nariz e garganta: também dá febre acima dos 38 graus, dor ocular, no abdômen e nas pernas. Parece que um caminhão passou em cima da pessoa”, descreve o médico infectologista David Salomão Lewi, que faz parte da rede do plano de saúde premium Amil One . O especialista recomenda a vacina para todos.

A gripe é uma infecção provocada pelo grupo de vírus Influenza, que tem vários subtipos, como o conhecido H1N1, responsável por uma grave pandemia em 2009. Por isso, nos EUA, é chamada de flu. No Brasil, é comum a confusão com o resfriado, que também é viral, mas costuma ser breve e apresentar sintomas restritos às vias respiratórias, sem o efeito “rolo compressor” da prima mais agressiva. O termo “virose”, muito usado por leigos, é o menos adequado, já que descreve apenas genericamente o agente causador.

Caso alguém apresente sintomas como coriza, tosse seca, febre e dores pelo corpo, deve procurar logo um médico. Quando o quadro está no início, a medicação tem grande eficácia na proliferação do vírus e o paciente pode chegar a uma melhora significativa entre um e dois dias. Ao contrário, se não houver tratamento, a infecção pode se agravar e provocar insuficiência respiratória, evoluindo para uma pneumonia. Tudo depende, é claro, da virulência do subtipo e da imunidade da pessoa afetada.

Como o vírus Influenza é um organismo suscetível a mutações, variações dele surgem a cada ano, prontas para encontrar novas brechas na imunidade — e, com isso, vem a chance de cair de cama outra vez. Os subtipos costumam se espalhar pelo mundo numa espécie de turnê por baixas temperaturas, que começa na Ásia, passa pela América do Norte, Europa e chega ao hemisfério sul lá pelo mês de maio. A época ideal para a vacinação é antes do período de maior incidência em cada região.

Gripe. A ideia de que a vacina causa gripe é um dos mitos que devem ser desfeitos sobre a vacinação - Foto: Getty Images
A ideia de que a vacina causa gripe é um dos mitos que devem ser desfeitos sobre a vacinação – Foto: Getty Images

“Mas essa dinâmica também tem exceções. Uma criança brasileira que viaje para a Disney no verão daqui, inverno norte-americano, pode pegar a gripe lá e trazê-la para a escola no início do ano letivo”, explica Lewi.

As campanhas de vacinação no Brasil têm seu ápice no período de outono/inverno e, em geral, são dirigidas às crianças, idosos e gestantes, os grupos mais vulneráveis ao agravamento da gripe. Porém, esclarece o infectologista, toda a população pode (e deve) se imunizar para diminuir a chance de contágio. Com a queda das temperaturas nesta época, os riscos são maiores, já que as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados. Basta um espirro ou um abraço de alguém exposto ao vírus para multiplicar sua presença.

Para Lewi, é fundamental derrubar alguns mitos sobre a vacina. O primeiro é que ela teria a capacidade de provocar a gripe em quem a toma. Não existe essa possibilidade, considerando que a substância emprega uma versão inativa do vírus. Outra falácia é a de que a imunização seria ineficaz porque há quem fique gripado logo depois da administração.

“O Influenza tem um tempo de incubação de cerca de três dias. É possível que alguém sem sintomas tome a vacina já com o vírus instalado no organismo. Além disso, muita gente confunde o resfriado com a gripe e pensa que não funcionou”, pondera o médico.

Por causa do movimento antivacina, há ainda a ressurgência de algumas doenças infecciosas no mundo, como os casos recentes de sarampo na Europa. Tudo começou com a suposta relação de um dos componentes das vacinas com o autismo em crianças. A hipótese, do médico inglês Andrew Wakefield, já foi amplamente refutada na comunidade científica, mas continua fazendo estrago nas políticas de imunização.

“No Brasil, também estamos vendo a volta da catapora e da coqueluche. Mesmo com a cassação do registro do médico que iniciou o movimento, ainda há quem acredite nas suas teorias. É uma pena”, afirma Lewi. No plano Amil One, um dos benefícios exclusivos é a vacinação segundo o calendário do Ministério da Saúde.

Fonte: Época

Mais informações no site Amil Cuidado Certo: https://amilcuidadocerto.com.br

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