Regiões do Corpo Chegam a Mudar de Coloração Com o Impacto da Baixa Umidade do Ar
Para a pele dos brasilienses, o mês de outubro se caracteriza por um período já prolongado da estação seca, umidade relativa do ar em torno de 20%, elevadas temperaturas climáticas e uma grande expectativa em torno da chegada das chuvas. Regiões do corpo como cotovelos, pés, joelhos e a parte inferior da perna chegam a mudar de coloração por causa do impacto da seca. É hora de dar atenção especial a essas partes para reverter os efeitos nocivos da baixa umidade. O que se pode fazer?
Segundo o dermatologista Ricardo Fenelon, é necessário intensificar os cuidados com a pele. “Nessa época, é necessário hidratar mais o corpo, bebendo cerca de três litros de água por dia e aplicando substâncias que amenizam os efeitos da seca em todo o corpo”. Fenelon explica que a seca prolongada provoca o ressecamento da pele, levando-a ao aspecto esbranquiçado e dando-lhe uma textura mais rija. “Os joelhos e cotovelos são as áreas mais atingidas pela mudança de coloração”, explica o dermatologista.
“Essas áreas do corpo possuem menor número de glândulas sebáceas, que produzem o óleo natural que lubrifica a pele. Além disso, estão sujeitas a muito atrito e fricção e maior exposição às intempéries, que também são fatores que provocam ressecamento e descamação da pele”, diz Fenelon. Ele ainda orienta: “Em alguns casos a descamação pode ser sinal de algum tipo de alergia, ou até mesmo indício de um quadro de psoríase. Se os efeitos forem muito intensos, é necessário consultar um especialista”.
PÉS RACHADOS
Os pés também merecem atenção nessa época do ano. Com o tempo seco, é comum o aparecimento de rachaduras nos calcanhares. A pele dessa região é rica em queratina, o que a deixa mais espessa e resistente do que outras áreas do corpo. Por isso, acumula facilmente células mortas e calosidades, que acabam causando as rachaduras. “Para evitar esse tipo de lesão, é recomendável o uso de vaselina salicilada, substância queratolítica que ajuda a afinar a pele dessa região e evita o aparecimento das fissuras”, recomenda o dermatologista.
Fenelon ressalta, que a base da hidratação da pele é a ingestão de água. Mas a aplicação tópica de substâncias apropriadas também ajudam a a manter a umidade natural. Uma dica é procurar produtos que tenham em sua composição uréia, ceramidas e ácido lático. Óleo de amêndoa, por exemplo, é uma solução caseira, acessível e que oferece bons resultados.
MELHOR IDADE
É importante também que as pessoas da terceira idade redobrem os cuidados com a hidratação do corpo. Com o tempo, as glândulas sebáceas passam a ser mais lentas. Dessa forma, produzem menos secreção para lubrificação da pele, tornando o corpo dos idosos mais ressecado. Fenelon alerta que, antes de se submeter a qualquer tratamento, o paciente deve consultar um especialista de sua confiança.
DERMATOLOGISTA RICARDO FENELON
Dermatologista com mais de vinte anos de atuação, o Dr. Ricardo Fenelon é membro da Academia Americana de Dermatologia, é o ex-presidente da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina, no Centro-Oeste, além de integrar outras instituições médico-científicas. Sua clínica tem aproximadamente dez mil pacientes. Ele também é coordenador do Centro de Dermatologia e Laser de Brasília, um instituto que reúne todos os equipamentos disponíveis para laser em dermatologia.
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