Síndrome do pânico: como conviver e lidar com os sintomas

Síndrome do pânico: como conviver e lidar com os sintomas

Mesmo que existam tratamentos eficazes para a síndrome do pânico, apenas 37% das pessoas que sofrem do problema buscam ajuda. Esta síndrome surge, geralmente, após os 20 anos de idade e os sintomas podem acompanhar a pessoa por toda vida.

O transtorno do pânico (TP) é caracterizado por crises de ansiedade repentina e intensa com forte sensação de medo ou mal-estar, acompanhadas de sintomas físicos. As crises podem ocorrer em qualquer lugar, contexto ou momento, durando em média de 15 a 30 minutos.

Os ataques de pânico acarretam intenso sofrimento psíquico com modificações importantes de comportamento devido ao medo da ocorrência de novos ataques. Isso faz com que os pacientes procurem as emergências médicas em busca de causas orgânicas que expliquem seus sintomas.

Como ocorre:

A região central do cérebro é responsável pelo controle das emoções e da liberação de adrenalina – hormônio que faz com que o organismo se prepare para fugir ou lutar diante de um perigo. No transtorno do pânico, esse “alarme” cerebral dispara sem que haja um perigo real, provocando a sensação de medo e mal-estar intenso.

Síndrome do pânico: como conviver e lidar com os sintomas

Sintomas:

Existem alguns sinas e sintomas que pessoas passando por um ataque de pânico podem ter. O que define se alguém tem a síndrome ou é apenas um episódio isolado é frequência dos ataques, que podem acontecer sem avisos, a qualquer momento.

Entre os sintomas da síndrome do pânico estão:

– aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração;
– falta de ar;
– pressão ou dor no peito;
– palidez;
– suor frio;
– tontura;
– náusea;
– pernas bambas;
– formigamento;
– tremores;
– calafrios ou ondas de calor;
– sensação de estar “fora do corpo”;
– medo de morrer ou de “perder o controle”;
– desmaio ou vômito no pico da crise.

Atenção: geralmente, os ataques de pânico duram poucos minutos. Após os sintomas da síndrome do pânico pararem, você se sentirá muito cansado.

Síndrome do pânico: como conviver e lidar com os sintomas

Causas:

O transtorno do pânico pode ter como origem situações extremas de estresse, como crises financeiras, brigas, separações ou mortes na família, experiências traumáticas na infância ou depois de assaltos e sequestros. Pessoas cujos pais têm transtornos de ansiedade são mais suscetíveis de desenvolver TP.

Tratamento:

O tratamento combina medicamentos antidepressivos e ansiolíticos com psicoterapia e deve ser conduzido por médico psiquiatra; sua duração vai depender da intensidade da doença, podendo variar de meses a anos, sendo que se trata de um problema que pode ser controlado, mas para o qual não existe a cura completa.

A psicoterapia objetiva auxiliar o paciente no resgate da autoconfiança necessária ao domínio das crises, através da consciência de si próprio.

Síndrome do pânico: como conviver e lidar com os sintomas

Recomendações/observações:

– o diagnóstico do transtorno do pânico pode demorar a ocorrer, pois alguns dos sintomas físicos da doença podem ser confundidos com os sinais característicos do infarto;
– procure distinguir a ansiedade normal do transtorno de ansiedade. A primeira, é essencial para enfrentar os perigos reais que põem a sobrevivência em risco. Vencido o desafio, o sentimento é de alívio. Já a ansiedade patológica é uma reação desproporcional ao estímulo que a desencadeia, causa sofrimento, altera o comportamento e compromete o desempenho até mesmo das atividades rotineiras das pessoas;
– pratique exercícios físicos. Eles provocam algumas sensações semelhantes às da síndrome do pânico, como taquicardia e sudorese, porém, num contexto agradável, que ajuda a identificá-las melhor;
– não se automedique nem recorra ao consumo de álcool ou de outras drogas para aliviar os sintomas do pânico. Agindo assim, em vez de resolver um problema, você estará criando outros;
– procure assistência médica. O transtorno do pânico é uma doença como tantas outras e quanto antes for feito o diagnóstico, melhor será a resposta ao tratamento.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Fontes:

  • CARVALHO, F. L. Síndrome do pânico: uma psicopatologia contemporânea
  • Conselho Federal de Medicina
  • Dr. Dráuzio Varella
  • Hospital Sírio Libanês
  • SALUM, G. A; BLAYA, C.; MANFRO, G. G. Transtorno do pânico

Fonte Texto: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde e Pfizer

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