Sem mobília, água e energia, Agnelo inaugura novo Centro Administrativo

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Novo Centro Administrativo de Taguatinga (Cedrad)

 

Nas últimas horas do seu governo, Agnelo Queiroz decide inaugurar a nova sede do GDF (Centro Administrativo)

O governador Agnelo Queiroz (PT) inaugura nesta quarta-feira (31/12) o novo Centro Administrativo de Taguatinga (Cedrad), futuro endereço da maioria dos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF). Ao todo, R$ 600 milhões serão investidos na obra, feita por Parceria Público-Privada (PPP).

E, embora a estrutura esteja pronta, o espaço ainda não conta com móveis, energia e água – tarefa deixada para o próximo governo, de Rodrigo Rollemberg. Desde o início da campanha, o novo governador manifestava a intenção de mudar para Taguatinga, mas ele ainda não confirmou se iniciará a gestão na nova sede.

De acordo com o GDF, exceto as Secretarias de Agricultura, Segurança Pública e Idoso, todas as demais serão transferidas para o centro. Com o complexo, o governo prevê uma economia mensal de cerca de R$ 9,5 milhões entre alugueis de imóveis e deslocamentos.

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Novo Centro Administrativo de Taguatinga (Cedrad)

 

Estrutura

São 182 mil m² e 16 torres – quatro delas com 15 andares e 10 com quatro andares. Os prédios são grandes, bonitos e a impressão de quem vê de fora é de que estão praticamente prontos. Ao todo, de 12 mil a 15 mil funcionários devem ir para o local. A maioria, servidores das secretarias do governo.

O projeto do complexo prevê um prédio para a governadoria e um shopping. A estrutura ainda terá espaço para um anfiteatro, praça de alimentação, livraria e barbearia, que formarão um centro de convivência. Segundo cálculos do governo, todo o mobiliário do Centro Administrativo deve custar R$ 120 milhões e pode levar até 90 dias para ser instalado.

Ação na Justiça

O Ministério Público entrou com uma ação na Justiça para tentar impedir que o governo do Distrito Federal inaugure o novo Centro Administrativo. De acordo com a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, a obra ainda precisa atender a exigências de impacto de trânsito, e os prédios, previstos para abrigar 15 mil servidores, ainda não estão prontos.

O GDF afirma que a obra é de interesse público e tenta acelerar a concessão do habite-se. Mesmo que não possa usar o complexo com 14 torres, se o governo recebê-lo, começa a pagar R$ 17 milhões por mês ao consórcio que fez a obra – pelos próximos 22 anos.
No início de dezembro, o secretário da Casa Militar, coronel Rogério Leão, disse que o GDF está cumprindo todos os contratos, inclusive os que haviam sido fechados antes da gestão de Agnelo Queiroz. Segundo Leão, o centro administrativo é de interesse do Estado, e não apenas do governo local.

Fonte: Correioweb e Globo.com

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