Carne dá energia extra para o treino e contribui para a saúde da pele, dizem especialistas

carne
Zinco, ferro e B12 são alguns componentes importantes encontrados no alimento. Foto: Joshua Resnick

Sistema imunológico, neurológico e hormonal também são beneficiados pelo consumo

Assim como os ovos, farinha branca e gordura, a carne já foi a “vilã” de muitas dietas e excluída do cardápio de atletas e pessoas que se preocupam com a alimentação. Defendida ou condenada, não dá para negar a extrema importância em fornecer ao corpo os nutrientes necessários para obter energia para as tarefas diárias e, claro, para o esporte.

A carne bovina magra é uma importante aliada na sustentação de atletas, por oferecer proteína de alta qualidade. É o que diz o nutrólogo Celso Cukier: “O organismo absorve melhor o ferro presente nas carnes vermelhas do que o ferro encontrado em alimentos de origem vegetal”. Além disso, a carne vermelha é importante para o desenvolvimento dos músculos, órgãos e tecidos na infância e contém zinco, um mineral que contribui para o bom funcionamento do metabolismo das proteínas.

O sistema imunológico é outro beneficiado, já que produtos de origem animal facilitam o transporte de minerais, vitaminas e outros nutrientes do corpo.

Carne engorda?

De acordo com Cukier, existem 29 cortes de carne que o Governo dos Estados Unidos classifica como magros, incluindo o famoso T-bone, o filé mignon e a carne moída 95% magra. Esses 29 cortes têm menos de 10 gramas de gordura total, 4,5 gramas ou menos de gordura saturada e menos de 95 miligramas de colesterol por porção e por 100 gramas.

As carnes brancas são ainda mais magras: a carne de peixe, por exemplo, possui gorduras benéficas, desde que seja consumida sem pele – e sem óleo, é claro. O modo como é preparada também influencia diretamente nas calorias ingeridas, por isso, se a intenção for o controle ou redução de peso, devem ser feitas assadas, cozidas ou grelhadas.

Outro aliado da dieta pode ser o peito de peru, considerado magro e rico em proteínas, ferro e zinco.

Abaixo, alguns componentes essenciais presentes no alimento:

Ferro

O ferro encontrado na carne é facilmente absorvido pelo corpo humano. Apatia, anemia e cansaço são alguns dos sintomas apresentados pela ausência de ferro necessário no organismo.

Vitamina B12

Esta vitamina é encontrada somente em alimentos de origem animal. Pertencente ao complexo B, ela contribui para a formação do DNA e da saúde neurológica. Quem restringe a carne do cardápio deve fazer suplementação desta vitamina.

Zinco

Melhora da pele, do sistema imunológico e hormonal são relacionados ao zinco presente nos alimentos, sobretudo de origem animal, que mantém a concentração alta da substância no sangue. Carne de porco e ostra contém altos índices de zinco.

Proteína

“A proteína deve estar presente em grande quantidade na dieta de pessoas ativas, já que ela ajuda a reparar as lesões das fibras musculares e também gera um fornecimento de energia durante longos treinos”, declara Celso Cukier.

Considerações

É importante não exagerar. Ainda segundo a nutricionista, os principais pratos brasileiros têm a proteína como base, o que torna mais fácil um consumo exacerbado do que em quantidades indicadas. “Outros estudos já evidenciam o alto consumo de carnes vermelhas com a presença de alguns tipos de câncer, principalmente o de intestino”, relata.

“Por isso, assim como todos os outros alimentos, a carne deve ser consumida com moderação, de modo a favorecer o equilíbrio na alimentação. E claro, sempre consultar um especialista na hora de aumentar ou excluir totalmente o seu consumo”, finaliza.

Fonte: Webrun

Comentários no Facebook